O rio Alva nasce na Serra da Estrela a cerca de 1600 metros de altitude, entre a Fraga das Penas e o Curral do Martins. Percorre cerca de 115 quilómetros até desaguar no rio Mondego, na localidade de Porto de Raiva, junto a Penacova, após ser quebrado pela Barragem da Raiva e pela Barragem da Aguieira. Servindo-lhe de afluente, o Alva integra a bacia hidrográfica do Mondego. Confina, por isso, a norte e a oeste com a do rio Mondego, a sul e a sudoeste, com a do rio Ceira, também afluente do rio Mondego e a este e sudeste, com a do rio Zêzere, afluente do rio Tejo. Ao longo do percurso, escavado entre as encostas da serra da Estrela e da serra do Açor, encontram-se várias localidades e algumas praias fluviais, como São Gião, Avô, Côja, Secarias ou Caldas de São Paulo. A variação elevada do caudal é uma das principais características deste curso fluvial. A precipitação, alta no inverno e baixa no verão, e o facto de ser controlado em grande parte pelo sistema hídrico da serra da Estrela contribuem para aquela variação.

Flora e fauna

Nas encostas do rio Alva, encontram-se povoamentos dispersos de pinheiro bravo, eucalipto e castanheiro. Próximo dos cursos de água, predominam os choupos, os amieiros e os salgueiros. Nas águas do Alva, é notória a diversidade de espécies piscícolas, nomeadamente o barbo, a boga, a truta-de-rio e a lampreia. Nos locais húmidos e perto de linhas de água encontramos a salamandra e a rã-ibérica, a garça-real, o guarda rios e a lontra. Entre a vegetação, são visíveis várias espécies de aves, como o gaio, o melro-negro e a perdiz. Há ainda espaço para as raposas, os coelhos e os javalis.

Geologia

O rio Alva esboçou vales profundos e foi determinante na morfologia do relevo, bem como para a presença humana ao longo das margens, que se faz notar nos açudes, rodas (azenhas) e caneiros.