A empresa de tecnologia espacial ATLAR, especializada no desenvolvimento de plataformas de computação avançada e de ferramentas de monitorização inteligentes, relacionadas com a operação e controlo de radares e telescópios, vai fixar-se na Aldeia do Xisto de Fajão, concelho de Pampilhosa da Serra. Uma situação que vai facilitar e expandir um trabalho técnico e científico já iniciado, a partir do Observatório Espacial de Pampilhosa da Serra, infraestrutura integrada na rede europeia e mundial de monitorização do espaço, localizada em Porto da Balsa.
Para Rui Simão, vereador da Câmara Municipal de Municipal, este é “um marco estratégico naquilo que a Câmara Municipal tem feito ao longo de mais uma década”, no sentido de posicionar Pampilhosa da Serra “como um território com condições únicas naquilo que é a relação com as ciências do espaço e com a astronomia”.
Hélder Ribeiro, cofundador da startup, sublinha a importância de aqui existirem “vários sensores de observação do espaço”, o que é vantajoso para a empresa, que, garante, vai ficar por muito tempo e “trazer pessoas novas”.
Segundo explicou o presidente da Junta de Freguesia, os trabalhos realizados pela ATLAR a partir do Observatório Espacial já conduziram à criação de “pelo menos um posto de trabalho e irão criar ainda mais”. Carlos Simões avançou ainda que esta parceria” vai “dinamizar a economia local (comércio e restauração)”, dado que a nova sede da empresa servirá também para “alojar os funcionários e os técnicos” que diariamente vão estar no território.
No imediato, este contrato de comodato, assinado a 14 de julho, prolongar-se-á ao longo de um período mínimo de dois anos, mas, para Carlos Simões, a expetativa é de que “a ATLAR fique por muitos e bons anos".
Rui Simão sublinha que foi, assim, dado mais um passo no sentido de aumentar a “reputação do território em termos de posicionamento turístico” no que concerne à “observação do firmamento que se pode obter a partir da Pampilhosa da Serra”.