Em 2025, o céu de Portugal promete espetáculos astronómicos de rara beleza, com fenómenos que irão fascinar tanto astrónomos amadores como curiosos. Desde eclipses a chuvas de meteoros, o calendário astronómico deste ano reserva momentos imperdíveis. O Geoscope Observatório Astronómico do Fajão é um dos melhores locais em Portugal para observar estes eventos.
A baixa poluição luminosa conjugada com uma série de equipamentos de observação fazem do Geoscope - Observatório Astronómico de Fajão o lugar certo na terra para olhar para o céu.
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Janeiro: Vénus, Júpiter, Marte e Saturno no céu
Durante o mês de janeiro, Vénus, Júpiter, Marte e Saturno são visíveis a olho nu e estão no céu ao mesmo tempo ao anoitecer. Júpiter e Marte são visíveis durante grande parte da noite. Como estão para oeste, Vénus e Saturno são visíveis apenas nas primeiras horas da noite.
13 de fevereiro: Super Lua
A Lua cheia estará no ponto mais próximo da Terra, surgindo maior e mais brilhante no céu. Este fenómeno repetir-se-á em 14 de março, oferecendo mais uma oportunidade para observações deslumbrantes.
14 de março: Eclipse lunar e lua de sangue
Na madrugada do dia 14 de março, o céu ficará pintado de tons avermelhados durante um eclipse lunar total, também conhecido como lua de sangue. Este fenómeno ocorre quando a Terra se interpõe entre o Sol e a Lua, projetando uma sombra que cobre completamente o disco lunar.
29 de março: Eclipse solar parcial
No final de março, o Sol transforma-se numa fina meia-lua durante um eclipse solar parcial. Este espetáculo é visível na América do Norte, Europa, norte da Ásia e noroeste de África. Em Portugal, alcança a sua máxima intensidade ao meio da manhã, com o máximo às 10h36.
22 de abril: Chuva de estelas Líridas
Ativa a partir de 14 de abril, a chuva de estrelas Líridas, visível em Portugal, vai ter o seu pico de atividade no dia 22 de abril, onde será possível avistar cerca de 18 meteoros por hora. São, geralmente, de grande dimensão, bastante brilhantes e deixam rastos luminosos. Nos locais do norte, o radiante aparecerá acima do horizonte após as 22h30.
5 e 6 de maio: Chuva de meteoritos Eta Aquáridas
Este espetáculo celeste, originado pelas poeiras deixadas pelo cometa Halley, pode ser apreciado em locais com pouca poluição luminosa.
17 de junho: Marte e Régulo
Ao começo da noite, Marte e a estrela Régulo de Leão formam uma improvável estrela dupla a olho nu. Com um brilho quase idêntico, os dois astros apresentam cores diferentes: Regulus branca e Marte vermelho.
30 de julho: Chuva de estrelas Alfa Capricornídeos
Ativa a partir de 3 de julho e até 15 de agosto, a Alfa Capricornídeos é famosa por ter meteoros rápidos e muito explosivos. No entanto, só se costumam avistar cerca de cinco por hora.
30 de julho: Chuva de estrelas Delta Aquáridas
Além da Alfa Capricornídeos, a 30 de julho, também será o pico de atividade das Delta Aquáridas, com os seus 20 meteoros por hora. Estes provêm do cometa 96P Machholz, que orbita à volta do sol a cada cinco anos. O nome deriva das estrelas cadentes, cujos traços parecem sair dum ponto da constelação do Aquário.
12 de agosto: Vénus e Júpiter conjugados
Na madrugada de 12 de agosto, dois dos planetas mais brilhantes do sistema solar, Vénus e Júpiter, alinham-se numa conjunção que promete captar todas as atenções. Este fenómeno será visível a nascente, imediatamente antes do amanhecer.
12 e 13 de agosto: Chuva de meteoros Perseidas
Agosto reserva outro destaque com a popular chuva de meteoros Perseidas, cujo pico ocorrerá entre 12 e 13 de agosto. Este fenómeno é conhecido pela abundância de estrelas cadentes, especialmente visíveis em noites de céu limpo. Em 2025, as Perseidas atingem seu pico logo após a Lua Cheia, o que afeta o número de meteoros visíveis. Uma boa maneira de reduzir esse efeito é esconder-se da luz da lua, por exemplo, na sombra de uma árvore. O melhor momento para observar as Perseidas é nas horas antes do amanhecer.
7 de setembro: Eclipse lunar total e segunda lua de sangue
No dia 7 de setembro, pode admirar um eclipse lunar total, um fenómeno de alta intensidade visual e fácil observação. Uns binóculos ou um telescópio permitirão admirar a paisagem lunar tingida de vermelho. A lua de sangue será especialmente intensa já na madrugada de 8 de setembro.
7 de outubro: Lua cheia da Colheita
O fenómeno Lua cheia da Colheita acontece sempre que a Lua Cheia se encontra a uma distância da terra inferior a 110 por cento da sua órbita. Ou seja, fica cerca de 50 mil quilómetros mais perto do nosso planeta.
8 de outubro: Chuva de estrelas Dracónidas
A atividade das Dracónidas pode gerar cerca de 20 meteoros por hora com uma velocidade de 20 quilómetros por segundo. O nome Dracónidas resulta de os traços das suas estrelas cadentes parecerem sair dum ponto da constelação do Dragão.
10 de outubro: Chuva de estrelas Táuridas
Todos os anos, entre finais de setembro e finais de novembro, a Terra intercepta a órbita do cometa 2P/Encke. Este fenómeno dá origem às famosas chuvas de meteoros conhecidas como Táuridas, cujo nome deriva da constelação de Touro, de onde parecem irradiar.
20 a 22 de outubro: Chuva de estrelas Orionídeas
As Orionídeas são uma das chuvas de meteoros mais rápidas e prolíficas do ano. O máximo de atividade tem lugar a 22 de outubro, ocasião em que é possível avistar 23 meteoros por hora. Este ano, as condições de observação são ideais, pois a chuva de meteoros atinge o pico na noite da Lua Nova. Observe os meteoros Orionídeas começando da meia-noite até o amanhecer.
5 de novembro: Lua cheia do Caçador
É a maior Super Lua de 2025, assim apelidada por surgir na época do ano em que os caçadores tradicionalmente estariam mais ativos, preparando-se para os meses de inverno. Durante essa noite, a lua será 7,9 por cento maior e 16 por cento mais brilhante do que uma lua cheia regular.
8 de novembro: Foram-se os anéis de Saturno
Em novembro, Saturno surpreende-nos com um truque invulgar: os seus anéis parecem desaparecer e alinhar-se com a Terra. Este fenómeno ocorre a cada 15 anos e representa uma oportunidade única para observar o gigante gasoso com um telescópio com grande capacidade de ampliação.
17 e 18 de novembro: Chuva de estrelas Leónidas
As Leónidas são uma das chuvas de meteoros mais notáveis do ano: no seu pico, produzem até 20 meteoros por hora, que voam a uma velocidade de 71 quilómetros por segundo e deixa um longo rasto azul-esverdeado.
21 de novembro: Úrano perto das Plêiades
Na noite de 21 de novembro, Úrano vai estar mais próximo da Terra. Não é visível a olho nu, mas com um pequeno telescópio pode ser encontrado no céu perto do enxame de estrelas das Plêiadas em Touro.
4 de dezembro: Lua Cheia Fria
Chama-se Lua Fria e o nome dado reflete precisamente o que está a acontecer a nível meteorológico na Terra — é a primeira lua cheia do inverno, mas é também uma super Lua. Isto significa que vai ser 7,9 por cento maior e 15 por cento mais brilhante.
13 e 14 de dezembro: Chuva de estrelas Geminídeas
Sob condições ideais de céu limpo e em local escuro, vai ser possível avistar até 150 meteoros por hora. A grande particularidade desta chuva de estrelas é o facto de ter origem num asteroide e não num cometa.
21 de dezembro: O dia mais curto do ano
A 21 de dezembro, o solstício de inverno marca o dia mais curto do ano, sinalizando a transição para dias mais longos.
22 e 23 de dezembro: Chuva de estrelas Úrsidas
Cerca de 10 meteoros por hora no pico da atividade da chuva de meteoros Úrsidas, fenómeno que ocorre quando os restos de poeira do Cometa 8P/Tuttle se desprendem, num momento no qual o corpo celeste passa próximo da Terra, e entram na atmosfera do planeta. Em 2025, vale a pena dar uma oportunidade às Úrsidas, uma vez que ocorrem apenas dois dias após a Lua Nova. O radiante das Úrsidas nunca se põe abaixo do horizonte em locais do norte, pelo que a chuva de meteoros pode ser observada durante toda a noite.
Com tantos eventos no horizonte, 2025 será um ano privilegiado para levantar os olhos ao céu e admirar a grandiosidade do cosmos. Uma oportunidade única para redescobrir a ligação entre a Terra e o universo.
