As comemorações do 10 de Junho – Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas voltaram a colocar o coração do Pinhal Interior na agenda mediática e política.
“Será o desafio de todos, populações, autarcas, Governo, Presidente da República, trabalhar em conjunto para que este 10 de Junho tenha valido a pena.” Foi com estas declarações à Agência Lusa que o presidente da Câmara Municipal de Castanheira de Pena, António Henriques resumiu os desafios e a importância simbólica das comemorações deste ano terem sido feitas na região mais devastada pelos trágicos incêndios de 2017.
As Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas tiveram lugar este ano em Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Coimbra e em Genebra, Berna e Zurique, na Suíça.
As cerimónias tiveram início no dia 9 de junho, no Memorial de Homenagem às Vítimas dos Incêndios Florestais de 2017, com a Cerimónia do Içar da Bandeira Nacional, seguida de Homenagem às Vítimas dos Incêndios Florestais de 2017.
Durante a tarde, em Castanheira de Pera, decorreu a apresentação de cumprimentos do Corpo Diplomático ao Presidente da República, seguida de receção. O primeiro dia das Comemorações terminou com um concerto e um espetáculo multimédia na Praia das Rocas, em Castanheira de Pera.
O programa de dia 10 começou em Pedrógão Grande, com a Cerimónia Militar Comemorativa do Dia de Portugal, na qual participam mais de 1300 militares dos 3 ramos das Forças Armadas.
Na ocasião, Marcelo Rebelo de Sousa relembrou as vítimas dos incêndios de 2017: “Que este 10 de Junho de 2024 queira dizer: tragédias como as de 2017 nunca mais, futuro mais igual e menos discriminatório para todas as terras, e para todos os portugueses, dever de missão, lugar para a esperança, a confiança, e o sonho, sempre, mesmo nos instantes mais sofridos da nossa vida coletiva", afirmou o chefe de Estado.
Numa intervenção de cerca de 10 minutos, na cerimónia militar comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que este 10 de Junho celebra Portugal "todo, uno, na sua diversidade".
É também no apelo à coesão e no combate ao esquecimento que alinhou o presidente da Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu que referiu em declarações à Agência Lusa que. “Ao escolher esta região, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, deu visibilidade a estes territórios, para consciencializar que não podem ser abandonados".
Os incêndios de junho de 2017 provocaram 66 mortos e 253 feridos, para além de uma imensa destruição de casas, empresa e floresta. Desde então tem estado em curso um plano de revitalização da região que importa aprofundar.
O presidente do Município de Pedrógão Grande, António Lopes, acrescentou: "Compete-nos a nós não deixarmos esquecer este 10 de Junho e estarmos na fileira da frente, para fazer todos os esforços junto do Poder Central, pois nós não esquecemos".