ALDEIAS

Água Formosa

tejo-ocreza
Tejo-OcrezaÁgua Formosa
Água Formosa
água formosa, vila de rei
Aldeia de formosura. Uma fonte de água puríssima bem no centro de Portugal.

A 10 km do Centro Geodésico de Portugal, a aldeia de Água Formosa esconde-se entre a Ribeira da Corga e a Ribeira da Galega, numa encosta soalheira. À chegada, recebe-nos o sossego, intercalado com o som da água por entre as pedras dos leitos das ribeiras.

Aqui ainda se encontram evidências das tradições antigas, como os vários fornos a lenha espalhados pela aldeia; mas também evidências de tradições ligadas à utilização da força da água, num enquadramento natural que evidencia o melhor da relação entre Homem e Natureza. Ou não derivasse o nome da aldeia de aqui se encontrar uma fonte de água formosa.

Em Água Formosa, os declives das encostas são acentuados e os afloramentos rochosos uma constante. O casario encontra-se maioritariamente na margem esquerda da ribeira, tirando partido da sua exposição soalheira.

A ALDEIA REVIVE
Nesta aldeia somos cativados pela sincera simpatia dos habitantes, pelo caminho calcetado que conduz à fonte de água puríssima, um antídoto para o calor que também mata a sede de descanso. Experimente ainda atravessar a ponte pedonal sobre a ribeira para apreciar uma outra perspectiva da aldeia.

Com a requalificação da aldeia surgiram novos habitantes: de quatro em 2002, a aldeia conta atualmente com nove habitantes permanentes. Uma unidade de alojamento surgiu num dos últimos anos. E uma a uma as restantes casas vão sendo recuperadas. Aos fins-de-semana chegam os residentes temporários, que partem com ânsia de em breve regressarem. Há novas  hortas à volta de toda a aldeia e árvores de fruto. A aldeia revive.

  • território

    Aninhada numa encosta virada a sul, Água Formosa parece correr para abraçar a Ribeira Galega e instalar-se nas suas margens rodeadas de pinhais. Esta é uma estrutura urbana irregular, densa e adaptada à configuração do terreno, em ruas estreitas que testemunham o crescimento da aldeia na direção da linha de água. À custa de suportar a precariedade dos acessos, esta povoação mantém-se praticamente intocada no mapa do concelho de Vila do Rei.

  • natureza

    Vale a pena fechar os olhos e escutar os sons característicos deste lugar. As aves de rapina, os pequenos pássaros, o agitar das agulhas dos pinheiros. O murmúrio da Ribeira Galega, bem como outras pequenas linhas de água que servem as hortas dos habitantes da aldeia, borbulhando de pequenos peixes e vegetação ripícola. É uma orquestra dirigida pela própria Natureza.

    Nas águas da ribeira pode ser encontrada a Boga (Rutilus lusitanicus), o Cágado (Mauremys leprosa) aquece-se ao sol em cima das pedras e a lontra voltou recentemente a ser observada. Nas margens, bem próximo da água, podemos observar (excepto no Inverno) o Feto-real (Osmunda regalis), um dos maiores fetos que ocorrem em Portugal, com grandes e lindas frondes. Cada uma pode atingir mais de um metro de comprimento.
    Nas paredes rochosas húmidas da fonte podemos encontrar a Denticulata, por sua vez um dos mais pequenos fetos que ocorrem no nosso País. Observe e aprecie o encanto e a delicadeza desta planta, mas não a colha, nem sequer lhe toque. É muito frágil. A aldeia é abraçada por vários sobreiros com algum porte.

  • história e estórias

    Uma névoa encobre a origem de Água Formosa, que se presume ser antiga.
    A fixação da povoação deve-se, em grande parte, à abundância de água que sempre existiu no local, graças às duas ribeiras que circundam a aldeia. E há vários testemunhos que o podem comprovar: os poços, os açudes e respetivas levadas, as azenhas, a memória recente das picotas e os socalcos que ainda fazem parte de Água Formosa. 

    Ainda hoje são visíveis os moinhos que os primeiros habitantes da aldeia, moleiros vindos de outras paragens, construíram nas margens da Ribeira da Galega, aproveitando o caudal para moer o milho, trigo e centeio semeados no vale. Atraídos pela inabalável repetição do trabalho que leva o pão ao mundo, deixaram-se ficar aqui, onde a água deixa uma marca indelével tanto no nome quanto no aspeto da povoação. Depressa construíram os degraus em pedra que conduzem à nascente e aproveitaram uma larga abertura do rochedo para formar um reservatório de água. Tudo para proteger e honrar o formoso líquido fundamental à vida.

    Apesar das suas dimensões reduzidas, os habitantes de Água Formosa dividem a aldeia em dez áreas distintas, cada uma delas com um nome bem curioso: Badalinho, Tulhas, Horta de Milho, Horta da Nogueira, Lajes, Hortinha, Sobreiros, Horta da Levada, Labrusca e Rua da Eira.

  • património

    O material de construção predominante é o quartzito, mas o xisto também está bastante presente. A madeira de sobro e oliveira está nas padieiras dos vãos. Algumas casas ainda apresentam um reboco tradicional, de massa grosseira, que revestem o aparelho de pedra. As atuais construções assentam ou aproveitam afloramentos de quartzito que, aqui e além, encontramos pela aldeia.

    O património existente corresponde a um conjunto de construções sólidas e tradicionais que parecem fazer parte da paisagem desde tempos remotos. São punhados de casas em alvenaria de pedra, cobertas de telha de canudo apoiada em estruturas de madeira. Por respeito à tipologia beirã, o piso inferior acomoda os animais ou serve de apoio à agricultura. No de cima, com o conforto próprio dos ambientes rústicos, ficam a sala, a cozinha e uma ou duas alcovas que servem de quartos. Algumas destas casas têm forno, palheiro e eira.

    Ainda merecem destaque:

    • Fonte de Água Formosa
    • Lagar da Ferrugenta
    • Abrigo do Mendigo
      Actualmente encerrado por decisão do proprietário.
    • Eira dos Réis
      Na periferia da aldeia e onde, pelos finais do Verão, ainda se seca o milho, os feijões e a palha.
    • Forno a lenha
      No centro da aldeia, ainda em funcionamento... e não só para cozer pão.
    • Ponte pedonal sobre a Ribeira da Galega
      É a única travessia da Ribeira da Galega existente na aldeia. De construção moderna, terá substituído outro atravessamento primitivo no local.
    • Azenha
      De cerca de uma dúzia de azenhas que existia ao longo da Ribeira da Galega, apenas subsistem três e destas apenas uma ainda se encontra em funcionamento.
  • produtos
    • Hortícolas e leguminosas
    • Mel
    • Medronho
    • Aguardente de medronho
  • como chegar

    De Sul
    Pela A1 até à saída 7, na direcção Torres Novas, Abrantes (A23); seguir pela A23 até à saída 10 (após o km 41), na direcção Abrantes Norte, Vila de Rei, Sardoal; nas rotundas seguir pela N2, direcção Sardoal, Vila de Rei; na N2, após o km 374 seguir virar à direita, na direcção Vilar Chão, Água Formosa, Lousa (cf. placa); ao chegar à Lousa, após 2,2 km, virar à esquerda na direcção Água Formosa, Vilar Chão (cf. placa); após 1,2 km, seguir pela direita, na direcção de Água Formosa (cf. placa); após 0,7km entra em Água Formosa, pela parte nova. A parte antiga fica no final desse caminho.

    De Norte
    Pela A1 até à saída 7, na direcção Torres Novas, Abrantes (A23); seguir pela A23 até à saída 10 (após o km 41), na direcção Abrantes Norte, Vila de Rei, Sardoal; nas rotundas seguir pela N2, direcção Sardoal, Vila de Rei; na N2, após o km 374 seguir virar à direita, na direcção Vilar Chão, Água Formosa, Lousa (cf. placa); ao chegar à Lousa, após 2,2 km, virar à esquerda na direcção Água Formosa, Vilar Chão (cf. placa); após 1,2 km, seguir pela direita, na direcção de Água Formosa (cf. placa); após 0,7km entra em Água Formosa, pela parte nova. A parte antiga fica no final desse caminho.

    De Espanha (Vilar Formoso)
    Seguir o IP5, sair em direcção à A23; seguir a A23 até à saída 10 (Abrantes Norte, Vila de Rei, Sardoal); na rotunda, seguir na direcção Vila de Rei, Sardoal, pela N2; na N2, após o km 374 seguir virar à direita, na direcção Vilar Chão, Água Formosa, Lousa (cf. placa); ao chegar à Lousa, após 2,2 km, virar à esquerda na direcção Água Formosa, Vilar Chão (cf. placa); após 1,2 km, seguir pela direita, na direcção de Água Formosa (cf. placa); após 0,7km entra em Água Formosa, pela parte nova. A parte antiga fica no final desse caminho

  • ex libris
    fonte de água

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