ALDEIAS

Pena

serra da lousã
Serra da LousãPena
Pena
pena, góis
Enamorada dos penedos. Abrigada junto aos Penedos de Góis, a Pena parece desafiar a imponência do escarpado que se eleva na outra margem.

Esta aldeia é o resultado perfeito da construção conjugando o xisto com o quartzito. Um castanheiro secular guarda a entrada da aldeia.

As condições topográficas levaram a que a aldeia se desenvolvesse ao longo de um promontório, parecendo que o casario se encontra em desafio às leis do equilíbrio e à força da gravidade.

A aldeia de Pena retira da água cristalina da ribeira todos os proveitos. Ali ao lado, os Penedos de Góisread in xistopediaDaqui avista-se a Serra da Estrela, a Serra… são uma proposta de aventura para os mais ousados.

  • território

    Localizada no flanco norte da Serra da Lousã, junto aos Penedos de Góis, alcandorada sobre o vale escavado pela Ribeira da Pena, encontra-se a escassos 5km da EN2 e a um total de 12 km de Góis. A aldeia foi implantada na margem esquerda da Ribeira da Pena, sobre um esporão quartzítico, parecendo desafiar a imponência do escarpado que se eleva na outra margem.  As condições topográficas levaram a que a aldeia se desenvolvesse ao longo desse promontório, parecendo que o casario se encontra em desafio às leis do equilíbrio e à força da gravidade.

  • natureza

    Pena está incluída no Sítio de Importância Comunitária Serra da Lousã, da Rede Natura 2000. Um castanheiro monumental espera-nos junto à ponte sobre a Ribeira da Pena, nas margens da qual, para montante e jusante, abunda o azereiro.

    A Ribeira de Pena nasce e alimenta-se deste vale encaixado a oeste dos Penedos de Góis. Aqui, junto a Pena, corre entre margens abruptas, ora precipitando-se em sucessivas quedas de água, ora efetuando um pequeno descanso numa piscina natural - Poço Escuro de Cima e Poço Escuro de Baixo - e seguindo até ao Pisão. Depois segue ao encontro do Ceira.

    Do património natural riquíssimo que envolve estas aldeias destacam-se os penedos de Góis, ex-libris da região, e o parque florestal da oitava, habitat de aves em vias de extinção e de mamíferos, como os veados e corços, que dificilmente se encontram noutras zonas do país.

  • história e estórias

    A povoação já deveria existir no séc. XVI, dado que no “Cadastro da população do Reino (1527)” consta no termo da villa de Goys a existência da então denominada pena onde viviam cinco moradores.

    As primeiras formas de povoamento que se conhecem no concelho de Góis datam do período neolítico ou bronze I, como testemunham os diversos vestígios e achados arqueológicos, encontrados a Norte deste território. A origem destes núcleos verificou-se durante o período do ferro, com a formação de pequenas povoações nas encostas e nos topos das colinas, tendo sido algumas delas posteriormente abandonadas durante a idade média.

    Fazendo face à dificuldade sentida de atravessamento da região, conta-se que teria existido uma estrada "romana" ou "medieval", cujo trajeto seria feito nomeadamente pela Aigra Velha e pela Pena, fazendo parte da rota de mercadorias que se estenderia de Lisboa até ao Norte.

    A origem do nome
    Pena é topónimo que tem origem latina em penna, variante de pinna, que significa penha, isto é, penhasco ou rochedo, situação característica da envolvente à aldeia, que se situa junto à crista quartzítica dos Penedos de Góis. Entre os vários e vigorosos afloramentos rochosos, destaca-se o denominado Penedo da Abelha, sobranceiro à aldeia, na margem direita da Ribeira de Pena. Também poderia significar local de construção de pequeno castelo ou pequena estrutura defensiva (interpretação do referido por VITERBO, 1798). Na ausência de vestígios, não deverá ser o caso.

  • património

    Uma única rua e várias pequenas quelhas, tecem a malha urbana de Pena. Os materiais de construção predominantes são o xisto e o quartzito. Algumas fachadas estão rebocadas e pintadas com cores tradicionais. Uma ou outra casa construídas na segunda metade do séc. XX não conseguem perturbar a harmonia arquitectónica da aldeia.

    Todas as casas erigidas com blocos de xisto obedeceram a regras de construção de modo a se afirmarem resistentes às intempéries e ao passar do tempo. Dispostas em aglomerados, incluem dois pisos: o piso assobrado, ou primeiro andar, e o rés-do-chão, geralmente térreo, que deveria albergar o gado. Contudo, também desta regra surgiu a exceção e construíram-se nas imediações de cada povoação vários grupos de currais, ou cortes. Cada um ou mais destes edifícios era propriedade da respetiva casa da comunidade, consoante o património e poderio do proprietário, em cabeças de gado. O segundo piso funcionava também como loja, uma área de arrumos, onde estariam armazenados os cereais, a talha com o azeite, a salgadeira com a carne de porco, as alfaias agrícolas e, por vezes tinham ainda uma pequena adega com pipas e dornas de fazer o vinho.

    Merecem destaque:

    • Alminha
      É o único elemento de vocação religiosa. Encontra-se no cimo da aldeia.
    • Moinho de água
      Implantado sob a aldeia na margem esquerda da Ribeira da Pena (particular).
    • Alambique
      Localizado na rua que atravessa a aldeia (particular).
    • Levada de água
      Uma extensa levada de água desenvolve-se ao longo da margem esquerda da Ribeira da Pena.
    • Fontanário
      No centro da aldeia, é tratado com todo o carinho pelos habitantes da aldeia.
  • produtos
    • Hortícola
    • Castanhas
  • como chegar

    De Norte e de Sul
    Na A1 sair em Coimbra. Tome a N17 e saia na N342 no sentido da Lousã. Continue em direcção a Góis até encontrar as placas indicativas (à direita) das quatro Aldeias do Xisto.

    De Espanha (pela A25)
    Na A23 sair em direcção a Fundão-Sul. No Fundão seguir pela N238 em direcção a Silavres. Siga em frente até ao Orvalho. Aí tome a direcção de Pampilhosa da Serra. Apanhe a N2 no sentido de Góis. Continue pela N342 até encontrar (à esquerda) as placas indicativas das quatro Aldeias do Xisto.

  • padroeiro
    santa rita
  • ex libris
    rua estreita

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