ALDEIAS

Casal Novo

serra da lousã
Serra da LousãCasal Novo
Casal Novo
casal novo, lousã
Casal novo em xisto velho Mergulhada numa densa mancha florestal, desliza encosta abaixo. Deslize também até à eira e aprecie a vista sobre a Lousã e o seu castelo.

À passagem pelo estradão, quase que nos escapa a presença do Casal Novo. A aldeia desenvolve-se na dobra da encosta, em declive acentuado, orientando-se a norte, e a envolvente arbórea da aldeia não permite perceber o seu perfil.

A malha urbana corresponde, quase exclusivamente, ao eixo criado pelo caminho que atravessa a aldeia no sentido ascendente-descendente, e que a liga ao Santuário de Nª Srª da Piedade.

Duas ou três vielas perpendiculares e umas quantas entradas laterais em espaços de fruição pública quebram o contínuo de construções que, de um e de outro lado, se encavalitam.

Da eira da aldeia pode observar-se a Lousã e o seu casteloread in xistopedia

Classificado como Monumento Nacional, o Castelo da Lousã…

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  • território

    Casal Novo localiza-se na vertente ocidental da Serra da Lousã, numa das encostas da Ribeira de São João que se inclina até ao Santuário da Senhora da Piedade. Os 10km que a separam da Lousã correspondem, em parte, a estradões em terra batida, transitáveis por veículo ligeiro, desde que com condução cuidadosa.

    A aldeia está enquadrada na profundamente escavada bacia hidrográfica da Ribeira de São João. À passagem pelo estradão, quase que nos escapa a presença do Casal Novo. De facto, a aldeia desenvolve-se na dobra da encosta, em declive acentuado, orientando-se a norte. A envolvente arbórea da aldeia não permite perceber o seu perfil.

  • natureza

    O Casal Novo está incluído no Sítio de Importância Comunitária Serra da Lousã - Rede Natura 2000. Na floresta envolvente à aldeia, escondem-se esquivos veados e corços.

    A Ribeira das Hortas, em pouco mais do que 2km de comprimento, apanha água a cerca de 900m de altitude e descarrega-a aos 200m na Ribeira de São João. Faz um percurso vertiginoso num vale profundo. As suas águas quase que não têm tempo para contemplar a aldeia. Mas leva as saudades dela para o Ceira e para o Mondego.

  • história e estórias

    Em termos gerais, a história desta aldeia é comum às histórias das restantes quatro Aldeias do Xisto do concelho da Lousã. A fixação da população nas aldeias da Serra da Lousã terá ocorrido a partir da segunda metade do século XVII ou pelo início do século XVIII. Até então a ocupação seria apenas sazonal, na primavera e verão, nomeadamente com atividades pastoris.

    No “Cadastro da população do reino (1527)“ nenhuma destas aldeias é referida no termo da Lousã. Os documentos mais antigos que indiciam a sua ocupação são uma multa infligida pela Câmara da Lousã em 1679 e o registo de propriedades foreiras ordenado por D. Pedro II, de 1687. No início do século XIX apenas o Candal e a Cerdeira escaparam ao saque do exército napoleónico.

    Em 1885 a população das sete aldeias (as cinco Aldeias do Xisto, mais Catarredor e Vaqueirinho) corresponderia a 8,7% do total da freguesia da Lousã (5340 habitantes).

    Foi em 1885 que foi registada a maior população residente nesta aldeia: 65 habitantes. Desde 1981, que a aldeia não regista qualquer habitante permanente. De então para cá, quase todas as casas passaram ao estatuto de segunda habitação.

    A origem do nome
    Casal é um termo do português arcaico que, na Idade Média, correspondia a um aglomerado de duas ou três casas em meio rural. O segundo elemento, Novo, indica-nos ser esta uma povoação de fundação mais recente, quando comparada com outras que lhe são mais próximas (Chiqueiro e Talasnal).

    Quando o desenvolvimento chega atrasado
    O fim da ocupação humana tradicional desta aldeia foi uma ironia trágica.
    “No dia em que o último habitante se meteu ao caminho, já de malas aviadas, avistou as camionetas que chegaram para abrir a estrada e ligar a luz, objectivos por que sempre lutara dezenas de anos”.
    in “Serras de Portugal” (1994)

  • património

    A malha urbana corresponde, quase exclusivamente ao eixo criado pelo caminho que atravessa a aldeia no sentido ascendente-descendente e que a liga ao Santuário de Nª Srª da Piedade. Duas ou três vielas perpendiculares e umas quantas entradas laterais em espaços de fruição pública quebram o contínuo de construções que, de um e de outro lado, se encavalitam umas nas outras. O material de construção predominante é o xisto, muito escuro e em aparelho tosco. A esmagadora maioria das fachadas dos edifícios não tem qualquer reboco.

    Das construções tradicionais e de utilização coletiva apenas restam a fonte, o respetivo tanque e a eira, que é atualmente utilizada como miradouro, tirando partido do panorama que se alcança sobre a planura da Lousã. Na linha do horizonte avista-se, de oeste para norte, desde o Senhor da Serra à Serra de Montemuro.

  • festividades
    • Julho: Encontro dos povos serranos (Santo António da Neve)
    • 2.º sábado de setembro: Festa de Nossa Senhora da Guia, no Chiqueiro
  • como chegar

    De Norte e de Sul
    Na A1 sair para Coimbra. Tome a N17 (Estrada da Beira) e 14 km após a ponte sobre o Rio Mondego saia para a N236 no sentido da Lousã. Após 9 km chega à Lousã. Aí deverá tomar o caminho florestal de terra batida, a partir de Cacilhas em direcção às Aldeias do Xisto. Siga depois as indicações para a aldeia.

    De Espanha
    Na A23 sair na saída 18 na direcção Pombal/Sertã tomando o IC8. Após 64 km sair na direcção de Castanheira de Pera pela N236-1. Após 10 km, em Castanheira de Pera, seguir pela N236, subindo a Serra da Lousã até encontrar, à esquerda, indicação das Aldeias do Xisto através de um caminho florestal em terra batida.

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  • ex libris
    eira/miradouro

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