Em termos gerais, a história desta aldeia é comum às histórias das restantes quatro Aldeias do Xisto do concelho da Lousã. A fixação da população nas aldeias da Serra da Lousã terá ocorrido a partir da segunda metade do século XVII ou pelo início do século XVIII. Até então a ocupação seria apenas sazonal, na primavera e verão, nomeadamente com atividades pastoris.
No “Cadastro da população do reino (1527)“ nenhuma destas aldeias é referida no termo da Lousã. Os documentos mais antigos que indiciam a sua ocupação são uma multa infligida pela Câmara da Lousã em 1679 e o registo de propriedades foreiras ordenado por D. Pedro II, de 1687. No início do século XIX apenas o Candal e a Cerdeira escaparam ao saque do exército napoleónico.
Em 1885 a população das sete aldeias (as cinco Aldeias do Xisto, mais Catarredor e Vaqueirinho) corresponderia a 8,7% do total da freguesia da Lousã (5340 habitantes).
Foi em 1885 que foi registada a maior população residente nesta aldeia: 65 habitantes. Desde 1981, que a aldeia não regista qualquer habitante permanente. De então para cá, quase todas as casas passaram ao estatuto de segunda habitação.
A origem do nome
Casal é um termo do português arcaico que, na Idade Média, correspondia a um aglomerado de duas ou três casas em meio rural. O segundo elemento, Novo, indica-nos ser esta uma povoação de fundação mais recente, quando comparada com outras que lhe são mais próximas (Chiqueiro e Talasnal).
Quando o desenvolvimento chega atrasado
O fim da ocupação humana tradicional desta aldeia foi uma ironia trágica.
“No dia em que o último habitante se meteu ao caminho, já de malas aviadas, avistou as camionetas que chegaram para abrir a estrada e ligar a luz, objectivos por que sempre lutara dezenas de anos”.
in “Serras de Portugal” (1994)