ALDEIAS

Casal de São Simão

serra da lousã
Serra da LousãCasal de São Simão
Casal de São Simão
casal de são simão, aguda
Um casal numa rua. Nesta aldeia de uma só rua há um novo sentir coletivo.

Descubra um Casal com uma só rua. Com uma fonte que continuamente entoa a canção da água. Com uma capela que nos conta lenda de santo. Com uma vereda que nos leva à praia, mesmo ali encaixada nas Fragas de São Simãoread in xistopediaUm local de uma beleza ímpar.. Aqui também há uma Loja Aldeias do Xistoread in xistopedia

Aqui, encontra produtos genuínos e de qualidade selecionada.

e uma Associação cujo nome se confunde com o que nos promete esta Aldeia: que estamos a entrar em Refúgios de Pedra.

Em Casal de São Simão, um grupo de pessoas vindas da cidade recuperaram casas com as suas próprias mãos e deram nova vida à aldeia. Todos os fins-de-semana, e sempre que podem, juntam-se todos nas casas uns dos outros e entreajudam-se nas refeições, nas obras, no convívio. "Que venha quem vier por bem", parecem dizer-nos. E o apelo é irresistível...

Com apenas uma rua, Casal de São Simão é essencialmente construída em quartzito. Situa-se num dos flancos da crista quartzítica que dá origem às Fragas de São Simão e possui o templo mais antigo do concelho de Figueiró dos Vinhos.

A aldeia estende-se ao longo de uma cumeada quase paralela ao curso da Ribeira de Alge. A entrada fica no extremo mais elevado e a povoação termina onde os declives tornaram difícil a continuidade dos arruamentos.

  • território

    Localizado na Freguesia da Aguda, no extremo sudoeste da Serra da Lousã, o Casal de São Simão eleva-se numa paisagem dominada pelas serras circundantes: a serra de S. João, a serra do Cercal, a Relva Grande e o Outeiro da Cabeça, que se vai ligar às monumentais Fragas de S. Simão, servidas por um miradouro do qual se pode ver esta aldeia.

  • natureza

    Historicamente rica em fauna - aves como a Águia-real já nidificavam na região no século XIX - e em flora - com castanheiros frondosos, carvalhos e azevinhos - o Casal de São Simão reúne o melhor de dois mundos: uma vista panorâmica sobre as colinas em redor e uma praia fluvial junto à impressionante fraga que rasga os rochedos. Por aqui, a Cegonha-negra esconde o seu ninho, a Garça-cinzenta faz os seus voos discretos e o Guarda-rios os seus voos rasantes sobre águas cristalinas.

    A Ribeira de Alge era denominada rio Aljia em documentos dos primórdios da nacionalidade, o que denuncia o seu batismo árabe. Nasce nas cotas mais elevadas da Serra da Lousã, num local denominado Catraia, aí iniciando o seu curso de orientação Norte-Sul que a levará ao local que é o epílogo da sua viagem, Foz de Alge, onde se dilui nas águas do Zêzere, que, em Constância, encontrará o Tejo.

  • história e estórias

    Será uma povoação de origem medieval, pese embora possa ter havido ocupação pré-histórica nas suas imediações. Numa das versões do "Portugalliae", de Fernando Álvaro Seco, datado de 1600 - tido como uma das primeiras representações cartográficas da totalidade do território continental português - encontramos S. Simão Dalge na localização do atual Casal de São Simão. As linhas arquitetónicas mais antigas da Ermida de São Simão, datadas do século XVI, confirmam-no.
    Uma construção residencial da aldeia exibe na padieira de uma porta uma inscrição gravada com a data 1701, o que nos confirma uma ocupação mais ou menos contínua no tempo.

    Local de lendas e de superstições, o recôndito Casal de S. Simão era local de pecuária e de pesca, contando também, já no século XIX, com múltiplos lagares de azeite e moinhos de vento, aproveitando a sua posição cimeira. Em 1860, viviam na aldeia cinco famílias. Os anos 50 a 70 trouxeram a desertificação da aldeia, que só sofreu um ímpeto de recuperação pelos seus habitantes e pela autarquia a partir dos anos 90. Hoje, o Casal de S. Simão é uma das aldeias mais vivas e hospitaleiras.

    O mestre pintor José Malhoa imortalizou a beleza natural da aldeia num quadro intitulado “O Baptismo de Cristo”, hoje visível no altar-mor da Igreja Matriz de Figueiró dos Vinhos.

    Casal é um termo do português arcaico que na Idade Média correspondia a um aglomerado de duas ou três casas em meio rural. O segundo elemento, São Simão, invoca o santo tutelar da aldeia.

    "O baptismo de Cristo", quadro de José Malhoa
    Ao visitarmos a Igreja Matriz de Figueiró dos Vinhos, encontramos na parte central do seu altar-mor um quadro de grandes dimensões. Representa uma das cenas mais simbólicas da vida de Jesus Cristo: o seu batismo por S. João Baptista, nas margens do Rio Jordão. O seu autor, o pintor José Malhoa (Caldas da Rainha, 1855; Figueiró dos Vinhos, 1933), adotou esta terra como sua. Ofereceu o quadro à Igreja Matriz, em 1904, com o seguinte testemunho: “… envio este quadro religioso para armar o retábulo do altar-mor da nossa igreja, querendo assim ligar, d’alguma forma a esta minha pátria, o meu nome de artista.” No lado esquerdo deste quadro, José Malhoa representou as Fragas de S. Simão como parte do cenário da cena do batismo.

     

  • património

    O material de construção predominante é o quartzito, decorrente da implantação do povoado na lateral de uma crista quartzítica. O aparelho de pedra das fachadas encontra-se exposto em quase todas elas, o que atribui uma identidade muito própria à aldeia. A malha urbana é simples e linear, estruturada ao longo da, praticamente, única rua da aldeia.

    Merecem destaque:

    • Ponte de São Simão
      É referida como tendo uma base construtiva do período do domínio romano. O tráfego automóvel provocou alterações significativas no seu tabuleiro, que lhe alteraram a configuração primitiva.
    • Casa particular
      Uma casa, porventura uma das mais antigas da aldeia, tem gravada na face exterior da padieira a data de 1701.
    • Fontanário
      A água que provém de uma nascente situada na encosta do outro lado do vale. Está datado de 1939.
    • Ermida de São Simão
      Data do século XV e localiza-se à entrada da aldeia, quase no topo do Monte de São Simão. É dedicada a São Simão, que está no altar-mor, e a São Judas Tadeu. Recebeu como ampliação, em 1678, a sala para a recepção de esmolas. A ermida possui uma inscrição gótica (século XV) com o seguinte teor "Esta capela mandou fazer João Vicente, Prior de Aguda, criado do Conde D. Fernando e foi acabada na era de 1458". Na fachada sul, pode apreciar-se um vão gótico, estilo que domina na parte mais antiga do templo. No portal, a padieira tem gravada a data 1698. O alpendre, do mesmo período, possui 3 vãos de acesso (um deles tapado). O vão do lado sul possui gravada na pedra de fecho do arco a data 1675.
    • Eira e Forno
      A eira e o forno, bem como os inúmeros pequenos socalcos que envolvem a aldeia, testemunham um passado de atividade agrícola e de práticas de auto-subsistência.
  • festividades
    • Último domingo de outubro: Festa das Nozes (associada à Festa de S. Simão e de S. Judas Tadeu)
  • produtos
    • Hortícolas
  • como chegar

    De Norte e Sul
    Na A1, sair na saída 10 de Pombal, na direção de Castelo Branco pelo IC8. Passados 37km, sair em Aguda/Fato. Seguir a sinalização para o Casal de S.Simão, a 2 km.

    De Espanha (A25)
    Na A23, sair na saída 18 em direção a Pombal, pelo IC8. Ao fim de 71km, sair em Aguda/Fato. Seguir a sinalização para o Casal de S.Simão, a 2 km.

  • padroeiro
    são simão
  • ex libris
    fragas de são simão

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