É tempo de projetar novos caminhos para internacionalizar bens e serviços produzidos no interior do país - é esta a principal mensagem que a marca territorial Aldeias do Xisto, o sistema científico e técnico, e o sector público e de apoio ao investimento nacionais reafirmaram no encontro na Universidade de Aveiro, no dia 9 de dezembro. Nos últimos anos, as Aldeias do Xisto têm-se assumido como um território de experiência, um laboratório vivo onde conhecimento científico e empírico se cruzam com as pessoas e os lugares, contribuindo para qualificar e posicionar os recursos locais junto de públicos e mercados exigentes em matéria de turismo de natureza e de responsabilidade social.
PROGRAMA
Dia 9 de dezembro de 2015
Edifício Central da Reitoria da Universidade de Aveiro
- 16h00 - Recepção aos convidados
- 16h30 - Abertura da sessão pelo Sr. Reitor da Universidade de Aveiro, Professor Doutor Manuel António Assunção
- 16h40 - Rui Raposo, Diretor do DECA- Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro
- 16h50 - Paulo Fernandes, Presidente ADXTUR- Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto
- 17h10 - Ana Abrunhosa, Presidente da CCDRC- Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro
- 17h20 - Pedro Machado, Presidente do Turismo Centro de Portugal
- 17h30 – Maria João Veiga Gomes, Diretora Adjunta, Direção de Relações Institucionais e Mercados Externos da AICEP- Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal
- 17h40 - Francisco Providência, Designer - Professor Associado Convidado da Universidade de Aveiro
- 18h00 - Rui Simão, Coordenador da ADXTUR- Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto
20 de janeiro de 2016
• Visita guiada com escolas
17 de fevereiro de 2016
• Visita guiada com Universidades e Politécnicos
• Encontro sobre “Design Rural
Está em curso uma estratégia conjunta entre a ADXTUR e a AICEP- Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, que será vertida em protocolo, para, nos próximos anos, reforçar junto das suas delegações no estrangeiro a capacidade para comercializar bens e serviços produzidos no interior do país. Até 17 de fevereiro, data da realização de um encontro sobre Design Rural, as Aldeias do Xisto vão receber na UA outras escolas, universidades e politécnicos de todo o país, continuando a desafiar a Academia a refletir sobre a cultura e a identidade nacionais e a contribuir para a renovação social e económica dos territórios rurais.
A exposição Agricultura Lusitana e o que ela representa em termos de capacidade para estabelecer ligações com esses públicos internacionais, e que estará patente até 17 de fevereiro de 2016, na UA, já representou Portugal na EUNIQUE 2015, na Alemanha, estabeleceu ligações em Paris, durante o Salão Internacional do Património Cultural, e consolidou a representação de Portugal no World Craft Council. A importância dada pela Embaixada de Portugal na Alemanha, pela AICEP, pela CCDRC e pela TCP, entidades todas presentes na inauguração da EUNIQUE 2015, foi inequívoca e demonstradora do reconhecimento do potencial desta estratégia para o desenvolvimento e afirmação do país. O projeto Agricultura Lusitana contou com a participação de mais de 150 pessoas, entre artesãos, designers, docentes e alunos de 9 escolas superiores de design nacionais, especialistas de diversas áreas e habitantes que, durante um ano, em conjunto, geraram argumentos para idealizar e produzir bens e serviços significantes da nossa identidade e cultura rurais.
Relacionar conhecimento e comunidades locais em contexto rural para gerar uma nova economia
A exposição Agricultura Lusitana estará patente no Edifício Central da Reitoria da UA até dia 18 de fevereiro de 2016. Durante esse período, vários serão os momentos em que as Aldeias do Xisto vão receber parceiros institucionais, bem como outras escolas, universidades e politécnicos de todo o país. O desafio a lançar-lhes será integrarem uma estratégia que tem vindo a chamar a atenção para a cultura rural e, a partir dela, olha para a realidade, projeta novos caminhos e produz bens e serviços. As Aldeias do Xisto propõem uma reflexão alargada à sociedade sobre o futuro do mundo rural e divisam nas escolas e na comunidade científica a possibilidade de um contributo para o desenvolvimento estratégico do território. E também a oportunidade para atrair para os lugares novos atores capazes de nele se integrarem e qualificarem a base social e de conhecimento, gerando novas oportunidades para um ressurgimento baseado no equilíbrio da natureza, da economia, das infraestruturas sociais e do bem-estar pessoal.
Missão e objetivos das Aldeias do Xisto
A missão da ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, é a de gerar atratividade territorial, estimulando um desenvolvimento social e territorial sustentável e integrado. A ADXTUR desencadeou um processo que procura inverter um ciclo vicioso de declínio económico e social no seu território de missão, que se inclui entre aqueles que maiores dificuldades enfrentam no contexto europeu. Nesse sentido, o seu papel de agente experimentador está umbilicalmente ligado à sua missão. Efetivamente, face às dificuldades a enfrentar, e às especificidades deste território, encontrar oportunidades exige explorar caminhos menos percorridos. Com tudo o que isto implica, o território de missão e a intervenção da ADXTUR constituem-se num laboratório vivo, que suscita uma reflexão continuada sobre as estratégias adotadas e os processos em curso, bem como sobre os resultados alcançados.
As Aldeias do Xisto ao projetarem o seu futuro têm como objetivos principais:
- Aumentar a capacidade institucional para intervir no território.
- Mobilizar conhecimento para consolidar o posicionamento estratégico da marca e da sua internacionalização.
- Procurar oportunidades para um ressurgimento rural dinâmico e sustentável.
- Convocar múltiplas disciplinas a integrar o plano de ação.
- Atrair novos atores para o desenvolvimento económico e social.
- Estimular novas ligações entre os agentes locais e o exterior.