A ATLAR Innovation, empresa especializada no desenvolvimento de plataformas de computação avançada e de ferramentas de monitorização inteligentes, relacionadas com a operação e controlo de radares e telescópios, instalou, junto à sua sede, na Aldeia do Xisto de Fajão, em Pampilhosa da Serra, uma estação para comunicação de dados e informação via satélite.
De acordo com Miguel Bergano, cofundador e sócio não gerente da ATLAR, trata-se de um protótipo “made in Portugal”, através do qual é possível “comunicar com operadores de satélites de órbita baixa, em canais seguros e encriptados”, ou com astronautas da estação espacial internacional sempre que a sua órbita cruza o território.
O protótipo é o “primeiro produto nacional nesta área”, sendo que o intuito passa por “internacionalizar o país” no mercado das comunicações espaciais, particularmente no nicho da “comunicação de satélite em órbitas baixas” que, tal como assegurou Miguel Bergano, “vai ter cerca de 50 a 100 mil satélites em órbita nos próximos 20 anos”.
Justificando a escolha do local para a instalação deste protótipo e de outras atividades espaciais, Domigos Barbosa, investigador do Instituto de Telecomunicações em Aveiro, considerou que Pampilhosa da Serra é “excelente para validar estes conceitos”, porque associa a reduzida poluição luminosa à escassa interferência de ondas rádio, tendo por isso locais de eleição para “experimentação e atividades astronómicas e espaciais”.
Este é mais um passo que reforça a estratégia que tem vindo a ser desenvolvida entre as Aldeias do Xisto e a Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra para promover o céu escuro nas suas diversas facetas: científica, turística, pedagógica e ambiental.
Recorde-se que a ATLAR fixou a sua sede na aldeia de Fajão em julho do ano passado. A empresa “está muito satisfeita com as condições que lhe foram propiciadas e, sobretudo, com o sítio onde se pode criar um laboratório experimental para o futuro”. Esta é mais uma